domingo, 14 de junho de 2009

Escolhas



Com quantas escolhas se faz uma vida?
Às vezes elas são banais, quase óbvias. Às vezes dificeis e definitivas, determinam toda uma existência. Li uma frase (não sei quem é o autor) que dizia: "a vida é uma estrada sem acostamento". Uma escolha errada pode ser crucial. Como não errar nessa estrada sem acostamento, onde tudo é dinâmico, urgente? Devemos nos concentrar na escolha ou na renuncia?
Nosso presente é fruto de uma escolha que pode ter sido feita ontem ou em um passado longínquo.

Qual terá sido a escolha "D" que me trouxe a esse lugar? Como teria sido a outra opção?

quinta-feira, 11 de junho de 2009

Onde anda você?



E por falar em saudade, onde anda você
Onde andam seus olhos que a gente não vê
Onde anda esse corpo
Que me deixou louco de tanto prazer
E por falar em beleza, onde anda a canção
Que se ouvia na noite dos bares de então
Onde a gente ficava, onde a gente se amava
Em total solidão
Hoje eu saio da noite vazia
Numa boemia sem razão de ser
Na rotina dos bares, que apesar dos pesares
Me trazem você
E por falar em paixão, em razão de viver
Você bem que podia me aparecer
Nesses mesmos lugares, na noite, nos bares
Onde anda você.

Autor: Vinícius de Moraes


I miss you so much Mr. Jones!!!

Sinceridade ou sincericídio?

Até hoje nunca me fez falta não saber por quer a soma dos quadrados dos catetos é igual ao quadrado da hipotenusa. Mas, saber quando e com quem podemos ser sinceros, ou quando uma atitude sincera pode se transforma em um sincericídio, já me fez passar por algumas "saias justas" e me criou alguns problemas e prejuízo. Às vezes, a diferença entre essas duas atitudes é bem tênue, pode até nos passar despercebido. Às vezes, é critante, quase palpável, e ficamos com aquele sorrisinho amarelo no canto da boca, tentando consertar o que não tem conserto. Afinal, palavras ditas não voltam atrás.
Aprendemos com nossos pais, desde criancinhas, que é feio mentir, que a verdade deve prevalecer sempre. Mas, nos dias atuais, levar essa máxima ao pé da letra é quase um crime. É um atentado à nossa boa convivência em sociedade (hipócrita, diga-se de passagem!).
Quanta verdade estamos preparados para receber ou suportar com dignidade?
Em muitas situações, podemos optar pelo silêncio. Mas, e naquelas situações em que somos "intimados" a emitir nossa opinião! Devemos mentir, mesmo quando a verdade nos parece a única resposta coerente?
A sociedade está nos transformando em meros marionetes, onde, não precisamos ser honestos, basta parecermos ou fingirmos ser honestos.
Viramos "mulher de César".

segunda-feira, 8 de junho de 2009

Medo



Sempre fui corajosa. Já enfrentei muitas "barras" sozinha, com muita coragem e determinação.

Ultimamente tenho tido muitos medos. Medo de não saber amar. Medo de não saber ser amada. Medo do desconhecido e do que existe dentro de mim. Medo de construir relações e medo de não construir-las. Medo de tentar e fracassar, e medo de sentir culpa por não tentar. Medo de arriscar, ainda que não tenha nada em jogo. Medo de não consegui realizar meus desejos mais verdadeiros, ainda que sigelos. Medo da imprevisibilidade do futuro. Medo de viver muito e não ser feliz. Medo da solidão. Medo da paralisia provocada pelo medo.

Não tenho medo da morte, tenho medo da dor.
Tudo que não é alegria é dor. Toda dor é sofrimento.
Tenho medo de sofrer.

domingo, 7 de junho de 2009

O barquinho



Dia de luz
Festa de sol
E um barquinho a deslizar
No macio azul do mar
Tudo é verão e o amor se faz
Num barquinho pelo mar
Que desliza sem parar
Sem intenção, nossa canção
Vai saindo desse mar e o sol
Beija o barco e luz
Dias tão azuis

Volta do mar desmaia o sol
E o barquinho a deslizar
É a vontade de cantar
Céu tão azul ilhas do sul
E o barquinho, coração
Deslizando na canção
Tudo isso é paz, tudo isso traz
Uma calma de verão e então
O barquinho vai
A tardinha cai
O barquinho vai...

(Roberto Menescal e Ronaldo Bôscoli)

Pontão do Lago


Lá o sol se põe devagar
Sem pressa
Espera a noite chegar
A luz reflete no lago
Um pouco mais de magia
Celebra a beleza do dia
Pássaros voam, cantam felizes
Há uma dança
Uma criança
Esperança
Busca nas lembranças a vida
A saudade do lar
Timidamente, a lua vem visitar
A noite no bar
Para comemorar
O breve momento
O amor vai chegar.