sexta-feira, 31 de julho de 2009

Mulher

A tanto adormecida, desacreditada, negligenciada.
Não se permitia.

Se bastava ou achava que não merecia.
Milhares de culpas.
Mil desculpas e justificativas.
Para revelar o que não existia.

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Movimento

Minhas angústias são traidoras, tolhem a minha alma.
Meu coração está doente, carente, dormente.
Quero amor, quero todo amor que mereço.
Quero amar, incondicionalmente.
Quero preencher esse vazio. Ficar em movimento.
Nada de pressa, mesmo com a força do tempo batendo a minha porta e implorando urgência.

Quero viver intensamente cada passo.
Quero me entregar à vida, de coração aberto, sem medo, sem feridas.

domingo, 12 de julho de 2009

Do livro “Quando Nietzsche Chorou” de Irvin D. Yalom.

“Invejam minha vida, mas eu a abomino. Abomino sua mesmice e previsibilidade. Abomino tanto que, às vezes, vejo minha vida como uma sentença de morte.”

“Amamos mais o desejo do que o ser desejado.”

“... Minha solidão não tem nada a ver com a presença, ou ausência, de pessoas”.

“Tenho outras canções que precisam ser cantadas. Minha mente está prenhe de melodias.”

“Para se relacionar plenamente com outro, você precisa primeiro relacionar-se consigo mesmo. Se não conseguimos abraçar nossa própria solidão, simplesmente usaremos o outro como um escudo contra o isolamento.”

Morremos para continuar vivendo.

Laços desfeitos, amores perdidos, corpo doente. Morremos aos poucos, um pouquinho a cada dia, ou subitamente, como se um punhal atravessasse nossa alma.
É um processo doloroso, de superação, de coragem, de resignação. Fazemos uma viagem profunda dentro de nós mesmos, reconhecendo-nos e surpreendendo-nos.
Desprendemo-nos de coisas, de pessoas e de antigos conceitos. Assumimos um novo posicionamento diante de velhos fatos.
Morrer em vida é necessário, é a recriação do que já foi criado – nos fortalece.
Experimentamos sentimentos ambivalentes de dor e alegria, de frustração e esperança, de medo e de uma força incomum que nos leva ao crescimento.
É um recomeço. É pegar seu livro em branco e escrever uma nova história.
Perdemos para ganhar, morremos para continuar vivendo.
E assim, a vida continua... Novas lições... Novos amores... Novos conceitos.

Saudade!

Tão distante e tão perto.
Queremos ouvir e queremos falar.
O coração fica apertado, as lágrimas rolam.
As alegrias que perdemos. Os momentos que poderiam ter se estendido um pouco mais.
Apenas as lembranças.

Saudade de quem precisou ir e saudade de quem não quis ficar.